Tive o prazer de estar presente neste encontro junto com minhas parceiras de luta do “Rap de Saia” , “Núcleo de mulheres do Enraizados” e com outras guerreiras que estão na tiva. Foi mais uma experiência daquelas..ao longo desses anos de ativismo na cultura hip hop. Saiu essa matéria super especial, confiram!!!
“Cariocas marcam presença no primeiro fórum estadual feminino dedicado ao universo do Hip Hop”
Realizado nos dias 13 e 14 de março, o I Fórum Estadual de Mulheres no Hip Hop, reuniu aproximadamente 80 mulheres de São Paulo e diversos estados, entre eles Brasília, Minas Gerais, Sergipe, Rio Grande do Sul, Amazonas e Rio de Janeiro, representado por uma caravana de 15 mulheres, que saíram do Rio na sexta-feira à noite e retornou na noite de domingo.
“Com muita alegria, espontaneidade e perseverança, as garotas do Rio se entrosaram perfeitamente com o evento, trouxeram bastante experiência e história sobre a realidade delas vividas na periferia carioca”, afirma Joel Miranda, um dos idealizadores do evento.
O evento foi organizado pelo Portal Mulheres no Hip Hop, juntamente com a ONG Associação Beneficente de Amparo à Família (Abenaf). O Fórum é resultado de uma parceria envolvendo o Programa de Ação Cultural (Proac) da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo e da Prefeitura Municipal de Carapicuíba.
Segundo Miranda, o resultado desse evento pode ser definido em três atos. “O primeiro a produção de um documentário do evento que será lançado em DVD. O segundo é um CD com coletânea dos trabalhos das mulheres que participaram do evento e o terceiro é a criação de uma frente feminista que irá se organizar nacionalmente para lutar pelas mulheres no hip hop”, afirma.
Busca por espaço e reconhecimento
Entre os principais assuntos debatidos no evento estava a questão do reconhecimento e valorização da mulher dentro do espaço Hip Hop. Para os organizadores, elas não apenas sofrem preconceitos da figura masculina como também de algumas mulheres que não apóiam as companheiras no trabalho, seja ele na música do Rap, na dança do Break, na arte do grafite ou no remix do Dj.
A carioca Flávia Souza, ativista desde 1998 no Hip Hop feminino, comparou o espaço dado em São Paulo e no Rio de Janeiro às mulheres dentro do Hip Hop. “No Rio de Janeiro, o cenário da happer feminina é mais precário do que em São Paulo. Dá a impressão que em São Paulo as pessoas são mais unidas e têm mais interesse em buscar um reconhecimento”, analisa.
Para Sharilayne, que desde 1986 atua na cultura hip hop e foi uma das debatedoras, as mulheres precisam unir forças. “Na questão política esse é o caminho. É preciso o fortalecimento das mulheres para entrar nesse movimento tão masculino. E a importância desse evento está ligado ao fortalecimento que ele dá à mulher, é um espaço para ela desenvolver um trabalho que já realiza, mas essa movimentação não pode parar por aqui”, afirma. Sharilayne foi a primeira mulher paulista a gravar oficialmente um rap em estúdio.
..Além da graciela..nossas parceiras do site ww.mulheresnohiphop.com.br e nosso querido e apoiador Alessandro Buzzo também registraram o evento1
Confiram!
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